Mercearia do Conde

Descrição

Em maio de 1991, as sócias Flávia Mariotto e Maddalena Stasi abriram a MERCEARIA DO CONDE, no Jardim Paulistano, para ser efetivamente uma mercearia, onde vendiam pães, queijos finos, frios especiais, frutas, verduras e cereais. A idéia era ter uma espécie de mini Santa Luzia no bairro. Em pouco tempo, abriram um balcão para servir espresso ? assim mesmo, com s ao invés de x, como o spresso italiano ?, onde os seus clientes passavam horas a fio conversando. Como elas também serviam pães, queijos e frios, começaram a fazer sanduíches, cujo recheio era escolhido na hora pelos clientes. Surgiram, assim, deliciosos sanduíches na baguete, enormes e caprichados. À medida que a demanda de lanches crescia, elas passaram a oferecer também tortas, bolos e doces. Mesas e cadeiras de ferro invadiram a mercearia, tomando o lugar de sacos e caixas de mantimentos. Bem a tempo: aos finais de semana, suas mães começaram a preparar Vatapá, Cuscuz Paulista, Bacalhau com Nata e outros pratos especiais para serem servidos de forma bem caseira, aquecidos em microondas.

A notícia espalhou-se e, de repente, a comida das mamães já não era mais suficiente. As sócias se viram obrigadas a transformar, aos poucos, a mercearia num agradável restaurante, cujos pratos, elaborados pelas duas, continuavam a ser preparados da mesma forma caseira. A mercearia ficou conhecida nesta época como um fast food sofisticado. Daí para o surgimento de um restaurante de cozinha contemporânea, à altura da exigência dos seus clientes e das proprietárias, foi um pulo.

Mesmo sem se considerarem chefs, elas são experts em alta gastronomia. Além de um histórico regado a azeite extra-virgem e o paladar apurado no DNA (Maddalena é sobrinha de Caloca Fernandes, autor de vários livros sobre gastronomia e ex-editor de fascículos e revistas do gênero, e de Bettina Orrico, responsável pela cozinha experimental de Claudia, enquanto Flávia é filha dos ex-donos da Evolução, uma sofisticada loja de artigos para gourmets), as duas estão constantemente pesquisando e se reciclando. Flávia faz várias viagens de pesquisa e foi, inclusive, à Tailândia, onde teve aulas de culinária e aprendeu a fazer pratos típicos, com massas de arroz, legumes, carnes e feijão, em que a delicadeza e o picante são tratados com equilíbrio perfeito. Trabalhando com gastronomias de diversas origens, criaram uma cozinha contemporânea de fusões bem sucedidas.

Apesar de o restaurante ainda ser tratado em algumas publicações como a mesma fast food de treze anos atrás, há muito tempo elas são verdadeiras lançadoras de tendência, e têm o costume de sair à frente quando se trata de criatividade e sabor. Bons exemplos são a salada tunisiana, o cuscuz marroquino e o nhoque de mandioquinha, que hoje são febre pelas casas da cidade, e o restaurante já servia quando ainda dava seus primeiros passos. As duas dão uma atenção especial ao preparo dos pratos, usando apenas ingredientes de alta qualidade. O cardápio tem diversas opções para os vegetarianos, e os legumes são feitos com o cuidado de conservar a textura, o sabor e os nutrientes.

O cardápio é dividido entre as opções fixas e as muitas sugestões do dia. O menu diário conta com Entradas (como as Samossas, pastéis indianos levemente picantes), Sanduíches (servidos em massa de pizza ou baguete), Saladas, Tortas e Quiches (como a Quiche de Queijo de Cabra com salada verde, maçã, salsão em Juliana e cenoura), Pizzas (servidas a partir de 18h30) e Sobremesas (como o trio especial ? Bolinho de Chocolate, Merenguinho e Crepe de Maçã).

É na seção de sugestões que estão os saborosos pratos, com opções de dar água na boca, como Salmão Grelhado com Molho de Cajá, Crispie de Risoto de Agrião e Aspargos Frescos ao Shoyu; Mignon ao Curry Tailandês Panang Kai com Legumes e Arroz de Espinafre; Lasanha Camponesa com Legumes em Lâminas e Queijo de Cabra; Noodles com Salada Picante de Camarões e Nirá; Frango Recheado com Figos Secos, Molho de Tamarindo e R